Património
Conheça o Património de Massamá e de Monte Abraão.
Chafariz de Massamá
O chafariz construído em 1863, pelas Obras Públicas, é um dos ex-líbris de Massamá, sendo possível encontrá-lo na Rua Direita de Massamá.
Tem duas bicas semiesféricas e com decoração gomada, por onde corre a água proveniente de uma mina localizada no interior da Escola Básica n.º 1 de Massamá e que faz parte das muitas minas que existiram antigamente.
Neste chafariz de espaldar alto está colocada, entre as duas bicas, uma lápida com a inscrição “Obras Públicas 1863”. Sobre o espaldar foi sobreposto um corpo paralelepipédico ornado, na frente e laterais, com retângulos de ângulos convexos inscritos na própria alvenaria, onde pode ser visível uma lápida com a inscrição de uma homenagem do povo, datada de 1963, com a seguinte mensagem “Este Chafariz centenário, muitos segredos encerra e cumprindo este fadário, é o orgulho desta terra”.
Dos dois lados do bloco central do Chafariz, encontra-se um muro com cerca de 1.80m de altura e que fecha, em concha, o espaço. Os muros são complementados por bancos corridos onde, em tempos antigos, os frequentadores poisavam as suas bilhas, cântaros e outros recipientes, para transportar a água.
Continua, nos dias de hoje, em pleno funcionamento tendo no seu tanque (com uma profundidade de 98cm), peixes coloridos que atraem os mais curiosos.
Marco do Termo de Lisboa
Segundo o relato do Professor Doutor Joaquim Fontes no seu artigo:
“Sobre Um Marco do Termo de Lisboa”, publicado na revista Estremadura – Boletim da Junta da Província da Estremadura – respetivamente no volume que reúne os números 35, 36 e 37, segundo série, de Janeiro a Dezembro do ano de 1954; Foram coletados dois marcos do termo de Lisboa o que integra, na atualidade, o Monumento de Massamá e um outro, presentemente na coleção no M.A.S.M.O., foram recolhidos no perímetro urbano antigo de Massamá abandonados, junto do Ribeiro da Fonte (segundo informação de Consiglieri Martins) e daí levados para Sintra, Museu de Sintra, local em que Joaquim Fontes os reencontrou. Ficamos sem saber, contudo, a localização original dos mesmos; seguramente mais próximos da fronteira administrativa dos termos de Sintra e Lisboa, que em Massamá e Agualva era estabelecida pela Ribeira da Agualva.
Deve-se ao Professor Joaquim Fontes, na época Vereador do Pelouro da Cultura, a valorização museográfica, local, de um desses marcos. O plano de enquadramento, quer do Marco, quer do seu conjunto museográfico local, é da autoria do Arquiteto Paulo de Carvalho Cunha que também dirigiu a obra que, na altura, custou 7.300$00, ou seja, moeda atual: 36,5€. A inauguração ocorreu a 29 de abril de 1956, foi bem concorrida pelo povo de Massamá e notáveis locais como seja o Fernando Rodrigues Moreira da Comissão de Melhoramento de Massamá; D. Francisco Ferreira de Almeida Garrett; o Presidente da C.M. de Sintra, Moreira Baptista; o próprio Joaquim Fontes e muito outros.
A iconografia simbólica contida no marco é consentânea com a utilizada na mesma época pelo Senado de Lisboa (Câmara) para o século XVIII, tendo esculpida (em baixo relevo) a Barca -simbólico de Lisboa - já sem os Corvos e gravado por baixo dessa mesma Barca a palavra SENADO e a data de 1768. (texto cedido por RJ Anima e Prof. Rui Oliveira)
Respiradouros do Aqueduto das Águas Livres
De silhuetas inconfundíveis devido à sua singular arquitetura, os oitos respiradores de aqueduto de galeria subterrânea oitocentista que, de Massamá conduz, ainda, a preciosa água nativa das encostas, outrora suaves e férteis, à antiga Fábrica da Pólvora Negra Barcarena são hoje um ex-libris de Massamá. O Aqueduto tem pouco mais de 1 km com orientação de Norte - Noroeste para Sul - Sueste, com caudal constante. A história da construção deste aqueduto prende-se, indiretamente, com a História de um outro bem mais importante por ser abastecedor da Cidade de Lisboa, reportamo-nos ao Real Aqueduto das Águas Livres.
A História é simples: com o constante crescimento demográfico e urbano da cidade lisboeta, a Real Companhia das Águas Livres de Lisboa, era forçada a procurar novas fontes abastecedoras e a implementar novos troços adutores do aqueduto principal. E assim se chega à exploração de inúmeras nascentes que em Vale de Lobos e Casal da Mata, passam a fazer parte do Aqueduto das Águas Livres, nos finais do Século XIX. Acontece, que por esta ação, entre outras, o natural caudal da Ribeira da Jarda ou Barcarena (que servia a Fábrica da Pólvora de Barcarena) para acional os vários engenhos, é reduzido. Perante este facto e por acordo é compensada a Fábrica da Pólvora de Barcarena com captações de nascente, abundantíssimas, localizadas nas encostas e terrenos basálticos de Massamá e Rocanes, na Agualva.
Pelo meio fica alguns exemplos do antigo Direito Consuetudinário da Água e sobretudo o pitoresco destes respiradores que figuram no Brasão da Freguesia de Massamá. Este sistema de captações de águas, por galeria subterrânea, encontra-se cartografado, com escala de 1/1000, desde 1910 por autoria do Contramestre António da Costa e do Polvorista n.º 56 Arthur da Costa Pereira, cujo original, em tela, se encontra no G. D. Municipal da C.M.O. (texto cedido por RJ Anima e Prof. Rui Oliveira)
Quinta do Porto
A Quinta do Porto, antiga casa dos Condes de Azarujinha, pertenceu no século XIX ao Visconde de Azarujinha. No perímetro do "porto" existiam as propriedades do "cerrado do galego, almarjão de cima, almarjão do brejo, terra da carapuça, terra da barraca, terra da mata". Além destas detinha a "terra da gorda" no sítio da barota (atual Massamá Norte).
Esta quinta ficava ao cimo da "Urbanização da Quinta das Flores" e incluía quase tudo o que hoje se designa "Massamá", com exceção do Casal do Olival.
Foi neste espaço que mais tarde nasceram em 1934 os “Laboratórios Delta”, a primeira unidade industrial de Massamá, posteriormente adquiridos e desenvolvidos pelo Dr. Francisco Ribeiro de Spínola, irmão do Marechal António de Spínola, que também tinha residência localizada na antiga Quinta do Porto, na atual Quinta das Flores onde ainda hoje se destaca a Estufa Botânica, ali existente.
Palacete da Tascoa/ Quinta da Tascoa
A “Quinta da Tascoa e de Pero Longa” foi adquirida em 1690, por D. Ayres de Saldanha de Meneses e Sousa para nela viver e poder caçar com o seu companheiro na arte venatória D. Pedro de Bragança, sendo, a seguir ao pavilhão de D. Cristóvão de Moura, a mais antiga construção na zona. O Solar é atualmente abrangido pela Escola EB.23 D. Pedro IV, anteriormente escola do ensino preparatório de Conde Sabugosa, na Rua da Tascoa.
O solar de D. Ayres, que não chegou a ostentar brasão porque o seu proprietário faleceu antes de estar terminado, é hoje um dos mais belos edifícios de Monte Abraão.
Relógio de Sol
Relógio de sol com mostrador no plano do equador, localizado junto à Igreja da Nossa Senhora da Fé de Monte Abraão. Foi construído em 1988, em betão, sob projeto do gnomonista Victor Manuel de Sampaio e Mello, do Instituto de Investigação, Estudo e Divulgação do Quadrante Solar. É o primeiro Relógio de Sol em Portugal construído em betão e tem como dimensões 1,50m de altura e 2,60m de comprimento.
A face superior do mostrador funciona na Primavera e no Verão e a inferior no Outono e Inverno enquanto que a faixa de espessura indica a hora solar todo o ano.
Fonte: Geocaching. (17 de maio de 2009). Relógios de Sol em Queluz. Obtido de Geocaching: https://www.geocaching.com/geocache/GC1RFTC_relogios-de-sol-em-queluzWikimapia. (2008). Relógio de sol equatorial (equatorial sundial) da Igreja de N. S. da Fé, o primeiro em betão em Portugal (1988). Obtido de wikimapia.org: http://wikimapia.org/7847119/pt/Rel%C3%B3gio-de-sol-equatorial-equatorial-sundial-da-Igreja-de-N-S-da-F%C3%A9-o-primeiro-em-bet%C3%A3o-em-Portugal-1988
Anta de Monte Abraão
A "Anta de Monte Abraão" foi descoberta no século XIX por Carlos Ribeiro, tendo sido cronologicamente atribuída por alguns autores ao Calcolítico Inicial (entre c. de 2700/2500 e c. de 2300 a.C.) da região estremenha. Ainda são visíveis os traços da câmara sepulcral original de configuração poligonal, com mais de três metros e meio de diâmetro, erguida diretamente sobre a rocha, remanescendo seis dos esteios que a compunham originalmente. Quanto à laje de cobertura - ou "chapéu" -, interpretada por aquele investigador como um esteio (certamente pelo facto de se encontrar assaz deslocada da sua primitiva posição), ela apresenta-se bastante fraturada devido à queda do esteio que a suportava. O corredor possuía cerca de oito metros de comprimento por dois de largura.
Fonte: Património Cultural. (s.d.). Anta de Belas. Obtido de patrimoniocultural.gov.pt: http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70150/